A química computacional é o ramo da química que usa os princípios da ciência da computação para resolver problemas químicos. Utiliza os resultados da química teórica, incorporados em programas de computador, para calcular as estruturas e propriedades de moléculas e sólidos. Enquanto seus resultados normalmente complementam a informação obtida a partir de experimentos químicos, eles podem, em alguns casos, prever fenômenos químicos não observados inicialmente. A química computacional é amplamente utilizada no desenho de novos fármacos e materiais.
Os métodos de cálculo empregados
em química computacional cobrem tanto situações estáticas quanto dinâmicas. Em
todos os casos, o tempo de cálculo e a utilização de outros recursos
computacionais (como memória e espaço em disco) aumentam rapidamente com o
tamanho do sistema estudado. O sistema em estudo pode ser uma única molécula,
um grupo de moléculas ou um sólido. Os métodos de química computacional
baseiam-se em teorias que vão desde as de alta precisão, aplicáveis apenas para
sistemas pequenos, às muito aproximadas, apropiadas para sistemas grandes. Os
métodos ab initio, mais precisos, são baseados inteiramente na teoria dos
primeiros princípios. Outros métodos (tipicamente menos precisos) são
conhecidos como empíricos ou semi-empíricos, uma vez que empregam alguns
parâmetros experimentais, em geral obtidos de modelos aceitáveis de átomos ou
de moléculas relacionadas, como aproximações de alguns elementos da base
teórica.
Tanto os métodos semi-empíricos
quanto os ab initio utilizam aproximações. Estas podem ser, por exemplo, formas
simplificadas das equações de primeiros princípios que seriam mais rápidas e
fáceis de se resolver, aproximações limitando o tamanho do sistema (como
condições de contorno periódicas) ou aproximações necessárias nas equações para
se poder chegar a alguma solução. Por exemplo, a maioria dos cálculos ab initio
faz uso da aproximação de Born-Oppenheimer, a qual simplifica
significativamente a equação de Schrödinger por considerar que não há
deslocamento dos núcleos atômicos durante o cálculo. Em princípio, os métodos
ab initio eventualmente convergem para a solução exata das equações
fundamentais à medida que o número de aproximações é reduzido. Na prática,
entretanto, permanece inevitavelmente um erro residual, pois é impossível
eliminar todas as aproximações. O objetivo de química computacional é minimizar
este erro residual e, ao mesmo tempo, manter os cálculos factíveis.
Em alguns casos, os detalhes da
estrutura eletrônica são menos importantes do que o comportamento molecular
espaço fásico durante um longo intervalo de tempo. Este é o caso do estudo
conformacional de proteínas e da termodinâmica da ligação proteína-ligante.
Para permitir simulações de dinâmica molecular por longos períodos de tempo,
são empregadas aproximações clássicas para a superfície de energia potencial,
pois são computacionalmente menos intensivas que o cálculo dos estados
eletrônicos. Adicionalmente, a quimioinformática emprega métodos ainda mais
empíricos (e computacionalmente menos custosos), como a aprendizagem de
máquina, baseados em propriedades físico-químicas. Um problema geralmente
abordado pela quimioinformática é a previsão da constante de afinidade entre
fármacos uma dada molécula-alvo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica_computacional
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica_computacional
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